quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Machismo versus super-mulher: mãe, esposa e executiva.

Durante muito tempo as mulheres viveram à sombra dos homens, dependiam deles para tudo e eram muitas vezes subestimadas e consideradas como “seres inferiores”. Os tempos mudaram e começou uma luta entre homens e mulheres para provar que ambos são capazes de realizar as mesmas tarefas, com a mesma competência e que são iguais não só perante a lei, mas perante a sociedade e, inclusive, no meio familiar.  De alguns anos para cá elas estão mais presentes em ambientes onde o domínio masculino imperava. Aos poucos, estão quebrando as barreiras do preconceito e ocupando espaços que antes eram exclusivos para homens. Agora eles estão tendo que aprender a conviver com as mulheres em todas as áreas da vida, seja em casa, no trabalho e até mesmo na faculdade. Cresce o número de mulheres independentes que não querem viver dependendo do salário de seus maridos e ingressam no mercado de trabalho cada vez mais cedo.
Nas décadas de 40, 50 e início dos anos 60 havia muitas revistas destinadas ao público feminino para as quais eram dirigidos conselhos de como manter o casamento e ser uma mulher perfeita aos olhos da sociedade e principalmente do marido e condenavam o trabalho fora de casa. Como mostra este trecho da publicação da Revista Querida no ano de 1955 “O lugar da mulher é no lar, o trabalho fora de casa masculiniza”, naquela época, a realização da mulher dependia basicamente de um casamento bem-sucedido. Atualmente elas se preocupam mais com sua realização pessoal, profissional, intelectual, afetiva e sexual. O casamento não é mais prioridade em sua vida, embora seja o sonho de muitas constituírem uma família e ter um lar. Hoje, a mulher ganhou grande projeção dentro do ambiente familiar e já é considerada até mais importante que o pai. Ela participa mais na renda da casa, sendo muitas vezes a responsável pela manutenção da mesma, conquistou espaço no mercado de trabalho sem deixar se “masculinizar”, mas ainda não conseguiu se desvencilhar do trabalho doméstico tendo que conciliá-lo com o emprego. O pai perdeu espaço e autoridade na família, mesmo assim, a mulher continua a ser a única responsável pelo serviço doméstico. Não é fácil trabalhar fora, principalmente quando o homem ganha o suficiente, as pessoas ainda condenam esta atitude.
Cuidar da casa, dos filhos e ainda trabalhar fora transforma a mulher numa espécie de heroína. Mas nem sempre a tarefa é fácil e essas “heroínas” enfrentam muitas dificuldades. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas. Mas partir para o mercado de trabalho também significa passar menos tempo ao lado dos filhos, principalmente se forem pequenos, e cuidar de sua educação transferindo esta responsabilidade para as escolas ou matriculando a criança em diversos cursos e atividades que ocupem todo o seu tempo. Todos perdem um pouco com isso, mas não há nada que uma dose extra de dedicação e organização não resolva. Não é preciso deixar de lado o trabalho ou os filhos dá para conciliar os dois com o “jeitinho” que só a mulher tem, e sem remorsos. 

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