Autor: Janire Mello
A globalização é um processo de integração econômica que permite o intercâmbio de mercadorias e serviços entre as diversas nações, possibilitando o acesso de empresas nacionais a países do mundo inteiro e trouxe consigo a necessidade de modernização dessas empresas e sua integração no cenário internacional, o que pode ser visto de diferentes maneiras pelas organizações afetadas por este processo. Internacionalizar-se no cenário atual não é uma opção, trata-se de uma necessidade e trás vantagens às organizações que desejam ampliar seus mercados como: maiores ganhos, aumento da competitividade e reconhecimento nacional. Mas nem sempre os resultados são satisfatórios e podem trazer problemas se o planejamento não for feito da maneira correta. A presença de empresas de pequeno porte no comércio internacional ocorre principalmente pelos incentivos e ações do Governo Federal e de instituições de fomento às exportações e vêm ganhando cada vez mais presença no mercado externo. Em 2007, a participação das micro e pequenas empresas no número de exportadoras era de 50,6% e em 2008 este número diminuiu para 48,3%, mesmo sendo em maior quantidade, sua participação em relação ao valor exportado ainda é pequena. Essas empresas entram e saem do cenário internacional todos os anos, o que pode ser atribuído, entre outros fatores, à: 1. Oscilação cambial do dólar - o dólar ainda é a moeda mais utilizada nas operações de câmbio; 2. Crise econômica mundial - afetou os Estados Unidos e a economia mundial em 2008, provocando a diminuição das exportações pela desvalorização do dólar. 3. Alta taxa de inadimplência dos importadores - como em toda operação de venda há o risco de não recebimento dos valores. 4. Ausência de um departamento de comércio exterior - é o responsável por todo o processo de exportação, acompanhamento e controle dos processos. 5. Não realização de pesquisa de mercado - a pesquisa de mercado é essencial para que o exportador possa lançar-se no mercado internacional com êxito. 6. Não estabelecimento de critérios de seleção de mercado - deve-se escolher os mercados que possibilitem maior rentabilidade, com menor custo e risco. Uma opção é escolher mercados próximos. 7. Seleção errada do parceiro - o parceiro deve ser selecionado, avaliado e provado, somente após estas etapas o processo de exportação deve ser iniciado. Antes de aceitar uma proposta, deve-se avaliar os riscos e pesquisar a procedência do comprador. Seguem algumas sugestões para as micro e pequenas empresas exportadoras que desejam inserir-se ou manter-se de maneira efetiva no mercado internacional: • Criação de um departamento de Comércio Exterior; • Realização de pesquisas de mercado; • Buscar mercados mais próximos, como os países do Mercosul; • Elaboração de um plano estratégico de exportação ou um plano de negócios; • Buscar apoio de instituições de fomento às exportações; • Utilização de ferramentas de apoio ao exportador; • Utilização de Tradings para a exportação; • Utilizar formas de pagamento que não impliquem em grande risco para o exportador; • Participar de forma efetiva de feiras, missões comerciais e eventos de promoção da atividade exportadora; • Criação de um site institucional. Manter-se no mercado externo exige além de experiência do exportador, a observância de todas as etapas do processo de internacionalização, o que na maioria das vezes não ocorre. Conhecer a capacidade exportadora da empresa, a realização de pesquisa de mercado, a preparação do produto, a formação de preço para exportação e a documentação inerente, são imprescindíveis para obter êxito nas negociações internacionais. Esses cuidados não garantirão o sucesso da empresa no exterior, mas diminuirão consideravelmente as chances de fracassar.
http://www.artigonal.com/pequenas-empresas-artigos/empresas-de-pequeno-porte-e-o-comercio-internacional-1761914.html
Perfil do AutorAdministradora de Empresas, Possui experiência atuando principalmente nas seguintes áreas: administração, comércio exterior e gestão de pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário