segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desafios do profissional de Espanhol

Janire Mello

O primeiro desafio encontrado pelo profissional, é a qualificação. São poucos os cursos de graduação e pós na área. O IFRN oferece o curso no turno diurno, o que impossibilita trabalhar nesse período. Existe a modalidade a distância que ainda está em fase de ajustes e dependerá dos concluintes para que seja reconhecido. 
A UFRN oferece o curso a noite, mas dizem que a qualidade é inferior e voltado para a área de literatura. Agora vejamos a pós-graduação: nenhuma instituição no RN oferece pós em língua espanhola especificamente. A UFRN oferece o mestrado em educação na área de formação de leitores em língua portuguesa e francesa. Francês? Para quê? Existe também o mestrado em linguística para o ensino de línguas estrangeiras. Quem não quiser fazer linguística, fica sem fazer mestrado. O IFRN ainda está tentando trazer o mestrado em Língua Espanhola que seria muito bom para todos. O problema seria a quantidade de vagas. Mas vamos a outro ponto. 
É obrigatório o ensino de língua espanhola na rede pública de ensino, mas não abrem concursos para preenchimento das vagas e profissionais de outras áreas ocupam as vagas destinadas a profissionais formados nessa área. Tenho uma amiga que começou a cursar Letras Português e desde o segundo período do curso dá aulas de Espanhol na rede pública de uma cidade do interior de Pernambuco. Concluiu a faculdade e ingressou na pós graduação em Língua Portuguesa e continua dando aulas de Língua Espanhola. A prefeitura do município até fez concurso em 2009, mas não teve inscritos para duas vagas para professor de Espanhol. E o RN? Dizem que este ano abrirá concurso, mas nada certo ainda. Vamos esperar e ver o que acontece. Enquanto isso, os poucos formados, dão aulas em cursinhos, aulas particulares e até tem outros empregos para viver. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário